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01nov18


Bolsonaro anuncia Moro no 'superministério' da Justiça e promete não interferir no combate à corrupção


O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quinta-feira (1) que o juiz Sergio Moro assumirá um 'superministério' da Justiça e escolherá o novo diretor-geral da Polícia Federal.

"Ele vai indicar todos que virão a compor o primeiro escalão [da pasta]. Inclusive o chefe da Polícia Federal", afirmou em entrevistas a emissoras de televisão nesta quinta, logo após Moro ter sido confirmado como seu quinto ministro.

Bolsonaro falou com a TV Record e com veículos de comunicação ligados à Igreja Católica como Rede Vida, Canção Nova e TV Aparecida.

Ele confirmação a criação de uma pasta 'turbinada' para a Justiça, que agregará Segurança Pública e parte do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje subordinado ao Ministério da Fazenda.

O presidente eleito prometeu não fazer interferências nas atividades de combate à corrupção que serão tocadas pelo futuro ministro.

"Mesmo que viesse a mexer com alguém da minha família no futuro. Não importa. Eu disse a ele. É liberdade total pra trabalhar pelo Brasil."

Bolsonaro disse que a junção do Coaf à Justiça servirá para que Moro possa ter informações em tempo real para combate à corrupção a ao crime organizado.

O plano inicial da equipe era também somar ao ministério da Justiça a pasta da Transparência e Controladoria Geral da União. O tema não foi comentado pelo capitão reformado.

Durante as entrevistas, Bolsonaro disse ter tido uma conversa positiva e que eles concordaram em 100% dos assuntos discutidos.

"[Quem ganha é o] Brasil com essa agenda extremamente positiva, com um nome de peso de uma pessoa que, por si só, por seu trabalho, demonstrou ao povo brasileiro que é possível, sim, combater um dos maiores males que temos na nossa nação, que é a corrupção."

Bolsonaro disse ainda que Moro pediu liberdade e meios para promover uma agenda de combate efetivo à corrupção e ao crime organizado.

De acordo com o presidente eleito, Moro disse a ele que Lava Jato não será esquecida com sua saída da magistratura.

"Até porque bom juiz temos no país todo, em especial em Curitiba. E agora ele não será combatente da corrupção apenas no âmbito da Lava Jato, no âmbito de todo o Brasil", afirmou.

[Fonte: Por Talita Fernandes e Sérgio Rangel, Folha de S.Paulo, Rio de Janeiro, 01nov18]

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